PPS prepara candidatura de Cristovam ao Planalto

PPS quer acelerar filiação do senador que está atualmente no PDT (Foto: Clemilson Campos/Folha de Pernambuco)

O PPS já definiu, ainda informalmente, seu candidato à Presidência da República em 2018: será o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). A cúpula do partido insiste para que o ex-governador do Distrito Federal cancele logo sua filiação no PDT, migre para o novo partido e comece a viajar pelo país para angariar o apoio de outras correntes políticas ao seu nome na disputa presidencial.

Cristovam tem se reunido com frequência quase diária com a cúpula do PPS para tratar do assunto. O parlamentar já até enviou uma carta à direção do PDT e pediu razões para continuar na sigla. Foi o último movimento dele para evitar ser chamado de ingrato – ele diz não acreditar que sua carta terá resposta e já fala como possível pré-candidato:

“Nem eu vou para um partido com a exigência de ser candidato, nem quero que o PPS me obrigue a concorrer ao Palácio do Planalto”, disse Cristovam ao Congresso em Foco.

Presidente do Partido Popular Socialista, o deputado Roberto Freire (SP) defende que Cristovam deixe já o PDT e filie-se imediatamente ao novo partido, antes mesmo da promulgação da emenda que permite o troca-troca de legenda sem a perda de mandato, prevista para o próximo dia 18. A lei permite que os senadores, considerados ocupantes de cargos majoritários, troquem de partido sem necessidade da segurança legal da emenda que prevê a janela partidária. Mas Roberto Freire quer a antecipação da filiação do parlamentar para que outros deputados ou senadores possam engrossar as fileiras do PPS e a candidatura de Cristovam ao Planalto.

O lançamento, ainda informal, do nome de Cristovam como candidato ao Planalto pelo PPS, segundo Freire, não impedirá negociações com outros partidos para a formação da chapa, com a escolha de um vice ou outra formação que possa surgir nas articulações eleitorais. Sempre com partidos de oposição, ressalta Freire. Outra meta do presidente do PPS, é fazer com que Cristovam utilize a campanha municipal – que não ocorrerá no DF – para aquecer a disputa nacional e tornar o parlamentar ainda mais conhecido. Além, é claro, de ajudar a eleger vereadores e prefeitos do PPS.

Estrutura antigoverno

Com 10 deputados e um senador, o PPS tem uma bancada aguerrida de oposição ao governo Dilma Rousseff. O partido defende o impeachment por crime de responsabilidade ou a condenação da presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral por suposto crime na campanha de 2016.

Mas Cristovam ainda não está seguro sobre o impedimento e nem sobre o possível crime eleitoral de Dilma. Em contrapartida, ele tem sido um dos principais críticos, no Congresso, tanto da política econômica adotada por Dilma desde o primeiro mandato quanto das propostas de ajuste fiscal feitas agora pelo governo.

Informações: Congresso em Foco

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