Casa do Estudante de Pernambuco faz campanha para implantar residência feminina

Imóvel onde funcionará a casa feminina, também no Derby, foi doado pela União quatro anos atrás / Foto: Fernando da Hora / JC Imagem

Imóvel onde funcionará a casa feminina, também no Derby, foi doado pela União quatro anos atrás
Foto: Fernando da Hora / JC Imagem

Uma campanha para arrecadar dinheiro e viabilizar uma residência feminina será lançada, na próxima semana, pela Casa do Estudante de Pernambuco (CEP). A entidade comemora 85 anos este mês. Funciona no bairro do Derby, área central do Recife, e recebe, desde sua fundação, apenas rapazes do interior que vêm para a capital estudar.

O imóvel para abrigar as mulheres já existe. A CEP ganhou um prédio da União, quatro anos atrás, vizinho à casa. Mas nunca mexeu nele por falta de recursos. São necessários R$ 450 mil para reformar e equipar o novo edifício, com capacidade para 50 alunas.

“Temos que fazer reforma nas partes elétrica e hidráulica, por exemplo. Precisamos também de um projeto arquitetônico”, explica o presidente da CEP, Mário Rocha. As garotas são maioria entre os sócios externos, como são chamados aqueles que fazem apenas refeições na casa. Dos 158 estudantes nessa situação, há 92 mulheres e 66 homens. Os residentes somam 120 rapazes.

Existe a promessa de uma emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil, de autoria da deputada estadual Socorro Pimentel (PSL), para ajudar na implementação da casa. O recurso só estará assegurado se for incluído no orçamento do Estado para 2017. “Esperamos que seja aprovado. Porque já houve promessas anteriores de emendas para a residência feminina que infelizmente não saíram do papel.”

Enquanto a casa para mulheres não é inaugurada, Mário informa que as estudantes contarão, a partir da próxima semana, com um espaço de convivência feminina dentro da CEP. É uma sala com ar-condicionado, sofá e armários que funcionará das 8h às 21h para sócias.

Meryanne Rabelo, 21 anos, é de Triunfo, no Sertão do Estado, e estuda direito. Mora num pensionato com a irmã. Ambas fazem curso em faculdade particular no Recife. Gastam R$ 1 mil só com moradia. “Precisamos de uma casa feminina. Já pensamos em trancar o curso por falta de dinheiro”, diz Meryanne, bolsista do Prouni. O pai delas é agricultor.

Quem quiser contribuir com a campanha deve fazer depósito na conta-corrente número 32494-0, da agência 3175 do Banco Itaú

Este post tem um comentário

  1. Kalderon Torres

    Luta antiga, porém nenhum politico tomou a frente e enquanto não fizerem isso não terão apoio… O custo é alto para implantar e maior ainda para manutenção. Seria interessante uma parceria entre os municípios onde cada um possa contribuir de alguma forma com o intuito de desenvolver essa ideia. AMUPE vocês servem pra quê mesmo? Sei! Para se preocuparem com sua sede muito bonita! Muito politico para pouca politica! Decepcionante!

Deixe um comentário