Eleições municipais mudam cenário na Assembleia Legislativa

O resultado das eleições municipais de 2016 vai alterar a configuração da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a saída de parlamentares para assumirem prefeituras pelo Estado. Dos 49 deputados estaduais, seis já se elegeram e outros três podem deixar os mandatos por causa dos cargos executivos.

O deputado estadual Aglailson Júnior (PSB) deixará o mandato para comandar a Prefeitura de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. Ângelo Ferreira (PSB) assumirá o comando do Executivo de Sertânia, no Sertão. Botafogo (PDT), por sua vez, estará à frente da Prefeitura de Carpina, na Zona da Mata, pela terceira vez.

Outro parlamentar que voltará ao comando de um município é o deputado estadual Lula Cabral (PSB). Ele volta ao comando do Cabo de Santo Agostinho. O jovem deputado Miguel Coelho (PSB) assumirá a Prefeitura de Petrolina, no Sertão, fazendo com que o poder volte às mãos da família Coelho. E Pedro Serafim Neto (PDT) ocupará o cargo de vice em Ipojuca, após aliança com Carlos Santana (PSDB), de quem era adversário.

A situação ainda está indefinida com quatro deputados: Professor Lupércio (SD) está no segundo turno das eleições municipais de Olinda e decidirá o pleito com Antônio Campos (PSB); da disputa entre Raquel Lyra (PSDB) e Tony Gel (PMDB) deve sair o próximo prefeito de Caruaru, no Agreste; e, por fim, Silvio Costa Filho (PRB), que é candidato a vice na chapa com o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) e disputará o segundo turno.

Suplentes
Só na Frente Popular, são cinco vagas abertas. Com as mudanças,  ficam efetivos Antônio Moraes (PSDB) e Marcantônio Dourado (PSB), que já exercem mandato como suplente, além de Roberta Arraes (PSB), Isaltino Nascimento (PSB), Laura Gomes (PSB). Terezinha Nunes (PSDB) deverá ser contemplada com a vaga que resultará do embate entre Raquel Lyra (PSDB) e Tony Gel (PMDB), em Caruaru. Gustavo Negromonte (PMDB) e Cássia do Moinho (PSB) podem entrar como suplentes de Isaltino Nascimento (PSB) e Nilton Mota (PSB), que exercem cargos no Governo do Estado. Maviael Cavalcanti (DEM) , terceiro suplente, e Anchieta Patriota (PSB), sexto suplente, não devem entrar porque devem assumir as vagas as prefeituras de Carnaíba e Macapanara, respectivamente.

Também devem assumir Paulinho Tomé (PT) e Sérgio Leite (PDT) nos lugares de Botafogo e Pedro Serafim Neto. Leite chegou a disputar ao Executivo de Paulista, mas não se elegeu. Jadeval de Lima (PTN) e Osmar Ricardo (PT) podem ter a entrada garantida se Professor Lupércio e Silvio Costa Filho se elegerem em Olinda e no Recife.

Laura Gomes disse ter ficado surpresa com a possibilidade de assumir um cargo na Alepe. “Fiquei até surpresa, porque não é fácil eleger seis da mesma coligação. Eu sou a sexta suplente, achava até impossível. Mas estou retornando à Assembleia. É motivo de muita honra, muito orgulho. Mesmo diante de um momento, assim, frustrante, do resultado eleitoral do nosso candidato aqui em Caruaru a prefeito (Jorge Gomes), mas surge aí o retorno à Assembleia”, disse a socialista, que já exerceu um mandato na Casa.

“Foi um resultado eleitoral que no período não foi suficiente para chegar, mas eu tenho certeza que estou voltando por merecimento. Deve estar escrito nas estrelas que eu merecia voltar a essa Casa”, completou.

A ex-deputada Terezinha Nunes (PSDB) avaliou a volta para a Casa de forma positiva, mas disse que o seu retorno depende do governador Paulo Câmara (PSB). “Realmente, tenho condições de assumir porque eu sou a primeira suplente. Depois do resultado eleitoral, mas isso depende do governador”, disse. Isso porque Nilton Mota (PSB) e Isaltino Nascimento (PSB) ocupam, atualmente, as secretarias de Agricultura e de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, respectivamente.

“Tem dois secretários fora da Assembleia. Se fosse hoje eu assumiria. Mas eles têm que ser mantidos fora para eu assumir em janeiro. Pelo menos um. Eu sou a primeira suplente, basta um deixar a Assembleia que eu assumo”, explicou.

A tucana, que concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores mas não se elegeu, avaliou como importante sua volta à Casa. “O povo na rua só me viu como deputada. Muita gente estranhando que eu tivesse pedindo voto para vereadora, porque achava que eu devia ser deputada, pelo meu perfil. O povo se identifica com eu sendo deputada. Tive que explicar em todo canto porquê eu era candidata a vereadora”, revelou.

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