Pernambuco lidera no emprego formal em setembro

A moagem da cana-de-açúcar impactou no emprego formal de Pernambuco, segundo dados do Caged / Alexandre Gondim/ Jornal do Commercio

Alexandre Gondim/ Jornal do Commercio
A moagem da cana-de-açúcar fez alguns Estados do Nordeste liderarem o saldo do emprego formal em setembro último, segundo os números divulgados ontem pelo Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Pernambuco registrou um saldo de 15.721 empregos, o maior entre todas as unidades da federação e um crescimento percentual de 1,24%, perdendo apenas para Alagoas que apresentou um aumento de 3,89% e um saldo positivo de 13.395 postos de trabalho.

“A cana-de-açúcar gera renda que circula e deixa um resultado positivo na economia como um todo, mesmo sendo uma atividade sazonal”, explica o coordenador geral de Estatística do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães. Em Pernambuco, a moagem da cana vai de setembro a março.

No mês passado, o setor sucroalcooleiro gerou mais 5.378 postos de trabalho em Pernambuco. “Esse setor também influencia as vagas de trabalho na indústria por causa da produção do açúcar refinado, do demerara e do álcool”, resume. A indústria de transformação instalada em Pernambuco registrou uma variação de 3,88% com um saldo de 8.184 postos. A agropecuária teve um incremento de 15,52% com 7.859 contratados a mais.

Para Mário, está ocorrendo uma recuperação do emprego formal no Estado, porque também apresentaram resultados positivos, embora modestos, alguns setores como os serviços (0,08% e o comércio (0,07%).

No saldo de empregos formais setembro deste ano foi melhor do que o mesmo mês de 2015, quando o saldo de empregos do Caged ficou em 15.248, sendo o pior desempenho (para setembro) desde 2003.

O Brasil perdeu 39.282 postos de trabalho em setembro último com um recuo de 0,10% sobre o mês anterior. Em setembro de 2015, o País registrou um saldo negativo de 95.602 postos. No Brasil, os dois setores que apresentaram saldos positivos foram a indústria de transformação que criou 9.363 postos (0,13%) e o Comércio com a geração de 3.940 postos (0,04%). O Caged mede do emprego formal (com carteira assinada).

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