Áudios da irmã de prefeito de Belo Jardim apontam esquema de troca cargos políticos com vereadores

Áudios da irmã do prefeito de Belo Jardim, Hélio dos Terrenos (PTB), estão circulando nas redes sociais aonde ela negocia cargos e afirma que o prefeito prometeu centenas de empregos a vereadores.

Numa conversa com outra interlocutora com possível conhecimento jurídico a irmã do prefeito pede orientação sobre a possibilidade de demitir servidores para preencher vagas indicadas por vereadores em troca de apoio político. O prefeito teria autorizado cada secretaria do município a demitir cerca de dez (10) pessoas.

“A pendência que Hélio tem com vereador ela é hoje a prioridade. Daí vou ver agora à tarde quantos de vereadores tem pendências. Vou ver agora a tarde quantos tem já dentro da prefeitura no geral. E ele autorizou mais, meu amor. Cada secretaria tirar dez. Obras tira dez, Ação Social tira dez. Sair tirando de dez em dez pra poder não voltar, pra poder encaixar gente nova” diz a irmã do prefeito.

Em outro trecho das escutas ela diz que o prefeito prometeu empregos a mais de 300 militantes sem qualificações para as funções.

Em nota a prefeitura de Belo Jardim diz que os áudios gravados e divulgados de forma ilícita não comprometem os agentes políticos e nem o chefe do Executivo. A nota lembra ainda que os responsáveis pelos áudios podem ser responsabilizados civil ou criminalmente por quem se sentir ofendido. O prefeito gravou um vídeo caseiro negando tudo.

A denuncia deve ser encaminhada na próxima semana pela câmara ao Ministério Público. Há menos de um ano o então prefeito de Belo Jardim, João Mendonça (PSB), foi cassado e agora a população do município pode assistir a um novo afastamento de um gestor público.

Na última terça-feira (20), a Câmara de Vereadores de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, realizou uma sessão extraordinária para analisar um pedido de impeachment contra o prefeito Hélio dos Terrenos. A denúncia, feita por um advogado em 50 páginas, foi baseada em 52 itens de supostas irregularidades praticadas pela administração municipal. Os vereadores decidiram que o processo será analisado por uma comissão de três vereadores e um parecer deve sair em 15 dias. Caso seja aprovado o prefeito deve ser afastado durante a investigação.

Informações: TV Jornal.

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