Em debate eletrizante, Dilma e Aécio ignoram propostas para o Brasil e elevam tom das acusações. Dilma passou mal

Em horário nobre, no SBT, os adversários Dilma e Aécio fizeram o mais franco e eletrizante debate destas eleições, com uma escalada de trocas de agressões inesperada. Não deu tempo nem de aparecer uma proposta que fosse, nem a mais demagoga que fosse. A pressão foi tão elevada que mais pareceu que a agressividade de virulência das redes sociais tivessem sido transportadas para a TV. Dilma, ao final, supostamente, teria passado mal.

O momento mais ousado e arriscado de Dilma foi insinuar, no ar, ao fazer uma pergunta sobre lei seca, que Aécio Neves dirigia bêbado ou drogado, no Rio de Janeiro, reproduzindo material das redes sociais. Apelação? O tucano aproveitou a deixa e bateu. “Tenha coragem de fazer a pergunta de forma direta. Talvez seja desespero (trazer o tema)”, classificou, ao dizer que já havia reconhecido que dirigiu com carteira vencida e ‘inadvertidamente’ não fez o exame. No contra-ataque Aécio Neves citou casos de corrupção para perguntar se Dilma não se arrependia.

No mais, Dilma repetiu a estratégia de tentar desconstruir Aécio Neves a partir de Minas Gerais, onde foi governador por dois mandatos, antes de eleger-se senador.

Para atacar o concorrente, Dilma lançou mão do tema nepotismo e perguntou mais uma vez onde trabalhava a irmã e um tio do mineiro, no governo do Estado. Também sugeriu que houve beneficiamento de recursos público da área de comunicação para rádios e jornal da família do tucano.

O tucano mineiro não recuou diante das investidas de Dilma e manteve sempre a estratégia de apontar o ‘fracasso’ da gestão Dilma. Na questão do nepotismo, deu o troco na hora, ao denunciar que o irmão da presidente, Igor Rousseff, era empregado por Fernando Pimentel, ex-ministro e governador eleito de Minas Gerais. “A minha irmã fazia voluntariado. a diferença entre ela e o seu irmão é que ela trabalhava sem receber e seu irmão recebia e nunca trabalhava”, bateu, sem piedade. “Tem que dar conta de todos, não só da irmã”, pediu Dilma. Para respondeu aos gastos com comunicação, Aécio Neves disse que os gastos foram aprovados pelo TCE de Minas e questionou os gastos com blogs aparelhados para atacar a honra dos adversários.

Para atacar a concorrente, o senador do PSDB usou as mesmas armas de antes, como elevação da inflação, queda da atividade econômica e principalmente o caso da Petrobras. A intenção do tucano era colar a corrupção à imagem da adversária. “A senhora não se sente responsável? Ou a senhora foi incompetente ou foi conivente. A senhora prevaricou?”, disse. Nestes momentos, Dilma sempre diz que a PF investiga e que antes não havia investigação.

O tucano também bateu duro ao cobrar a demissão do tesoureiro do PT em Itaipu, situação que não se resolveria porque, tendo arrecadado e financiado sua campanha, possivelmente até com recursos oriundos da Petrobras, não poderia ela mandar demiti-lo.

Dilma mais uma vez tentou usar o bolsa família contra o tucano, dizendo que não faria os mesmos programas sociais. Aécio devolvia com a argumentação de que os programas sociais são do Brasil e não de um partido. “Ninguém é dono do Brasil”. Quando falou da inflação, Dilma disse que o problema era um choque de oferta e que os adversários eram sempre pessimistas.

Nas considerações finais, Dilma também apelou para o corte de classes, chamando as gestões tucanas de governo das elites. Já Aécio Neves reclamou das ofensas citando Eduardo Campos e Marina e prometeu um governo de generosidade com todos os brasileiros, sem dividir o Brasil “entre nós e eles”.

Ao fim do debate no SBT, nesta quinta-feira (16), a candidata do PT Dilma Rousseff (PT) afirmou que teve uma queda de pressão. Durante uma entrevista ao vivo na emissora, depois do confronto, a petista interrompeu a entrevista com a jornalista do SBT, e disse que estava passando mal: “Estou com uma queda de pressão”, e se sentou.

Dilma foi rapidamente atendida, bebeu um pouco de água e logo se levantou, prosseguindo com a entrevista.

Passado o mal-estar, a candidata voltou e afirmou que “o debate sempre exige muito da gente”.

Este post tem um comentário

  1. zezinho

    É SÓ TOMAR AÉSSIO QUE PASSA! É LÓGICO QUE ELA NÃO PASSOU MAL,O QUE HOUVE FOI UM APAGÃO GERAL DURANTE A ENTREVISTA FINAL E,DESTA FORMA,A ÚNICA DESCULPA,QUE POR SINAL,ESFARRAPADA,FOI INVENTAR QUE A PRESSÃO BAIXOU!A MULHER É TOTALMENTE DESPREPARADA.NUNCA VI ALGO TÃO ABSURDO DURANTE UM DEBATE,A MULHER NÃO CONSEGUE CONCLUIR UMA UM RACIOCÍNIO,IMAGINAM GOVERNAR UM PAÍS.

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