PE desacelera após recado de Dilma

Da Coluna Folha Política

Da reunião com a presidente Dilma, o governador Paulo Câmara trouxe, na bagagem, uma regra clara: o Governo Federal não irá avalizar empréstimos internacionais para os Estados. Em outras palavras, havia expectativa de captação de R$ 1,7 bilhão, por essa via, para Pernambuco – valor que, somado a outros recursos, resultariam num total de R$ 3 bilhões previstos para investimentos em 2015. Após o papo com Dilma, a esperança se desfez. “Vamos desacelerar e investir R$ 1 bilhão em 2015”, adverte o secretário estadual de Planejamento, Danilo Cabral. Ao se dirigirem a Brasília, os governadores do Nordeste até estavam dispostos a abrir mão de verbas no OGU, mas pleiteavam autorização para empréstimos no exterior. A presidente nem afiançou o pedido de crédito, nem será possível obtê-lo por meio de convênios e transferências voluntárias. Dilma chamou nove governadores para anunciar nada e transferiu para eles o ônus de convencer o Congresso a aprovar o ajuste fiscal.

A presidente convocou os governadores – sedentos de diálogo desde janeiro – para dizer que, se quiserem negociar, primeiro terão que aprovar ajuste fiscal

Endereço errado
Secretário estadual de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral critica a cobrança, feita pela presidente Dilma, a governadores do Nordeste em relação ao ajuste fiscal. “Antes de cobrar apoio dos governadores, ela deveria convencer os parlamentares do PT, no Congresso Nacional, que se recusam a apoiar o ajuste”. E sapeca: “Quem pariu Mateus que embale!”.

Até tu! – Nem o governador Ricardo Coutinho (PB), aliado da presidente, acatou proposta, feita pelos petistas Camilo Santana e Wellingnton Dias, de expressar defesa contundente de Dilma. “Não viemos aqui para fazer defesa incondicional da presidente”, advertiu Coutinho.

Não deu – Na reunião preparatória, os governadores do PT trabalharam para que a carta entregue a presidente Dilma contivesse declaração explícita de apoio a ela.

Nem tanto – “Não houve sentimento de aprovação ou solidariedade a Dilma. Foi ato de solidariedade, em defesa do estado democrático de direito”, dispara Danilo Cabral.

Este post tem um comentário

  1. Kalderon Torres

    Nao adianta ter projeto se nao há fiador… Nao adianta se fazer de exemplar quando esta na ” cacunda” dos outros…

Deixe um comentário