Greve dos professores: Teresa Leitão critica ‘acirramento’ e defende negociações com o governo

Foto: reprodução/Facebook

A deputada e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, Teresa Leitão, na manhã desta quinta-feira (24), defendeu a abertura imediata de um canal de negociações entre os trabalhadores em educação, em greve desde o último dia 11 e o governo Paulo Câmara.

Não deu uma palavra sobre a postura do sindicato, que pune jovens com a interrupção das aulas. Pelo que se sabe, o governo não se nega a discutir os aumentos, desde que os professores voltem ao trabalho.

Como a data base da categoria é em junho, e o sindicato é controlado pela CUT, braço sindical do PT, cada diz fica mais claro a politização do movimento. Nesta sexta (24), uma nova assembleia deve ser realizada.

Na Alepe, a deputada pediu aos deputados da bancada do governo que façam gestões junto ao Executivo para garantir a abertura das negociações com os trabalhadores e lembrou que há uma semana a Comissão de Educação solicitou uma reunião com o governo com o propósito de mediar uma saída para greve, com a presença do líder na Casa deputado Waldemar Borges e da oposição, Silvio Costa Filho.

“Em apelo aos deputados do governo que deem valor à cadeira que ocupam nesta Casa, porque aqui estão por delegação do povo. Se essa comissão de parlamentares não for recebida pelo governo será um desrespeito à Casa. O poder Legislativa já se encontra enfraquecido perante a população e interessa ao governo desacreditá-lo ainda mais”, registrou.

Teresa destacou ainda o nível de acirramento que está existindo entre os parlamentares em relação à greve da educação, registrando que esse fato não é visto apenas na Casa.

“Tem ações praticadas por pares, colegas da assembleia em sua base territorial. Estão distorcendo posições de uma forma que eu nunca vi nesses 12 anos de Casa. Já enfrentamos situações muito mais sérias que esta e sempre nos respeitamos. Mas tem deputados usando os meios que tem, inclusive rádios, as concessões dadas a ele aleatoriamente, para distorcer o que aconteceu aqui. Como é que pode? Cada um assumiu uma posição em relação ao PL do governo, inclusive alguns se retiraram como posição política. Por que distorcer? “, protestou.

Deputados atacados pelas redes sociais

Em resposta às críticas, o deputado Tony Gel, do PMDB, disse que se houve radicalismo, é necessário investigar, porque essa não é, na sua visão, uma prática do Governo. Segundo ele, deve haver correntes no Sindicato que se contrapõem nesse processo, mas ressaltou que é preciso negociar e que o Executivo está disposto a isso.

Rodrigo Novaes, do PSD, afirmou que o Sintepe veiculou, nas redes sociais, material ofensivo a parlamentares governistas. Em sua opinião, essas informações estão distorcidas e os deputados da base teriam sido injustiçados. Ele ressaltou que é favorável à valorização profissional do magistério e se colocou à disposição para articular a negociação, caso os professores encerrem a greve.

O deputado Ângelo Ferreira, do PSB, considerou provocativo o pronunciamento de Teresa Leitão. Ele disse que não costuma se esconder para expressar suas opiniões e que há um serviço de informações da deputada em Sertânia. Para o parlamentar, a distorção das informações foi feita pelo Sintepe, ao divulgar cartazes denegrindo a imagem de deputados nas redes sociais.

Do Blog do Jamildo

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