Saída de Bruno Araújo reforça pressão da base aliada de Temer

O pernambucano Bruno Araújo entregou o seu cargo no ministério das Cidades

O pernambucano Bruno Araújo entregou o seu cargo no ministério das CidadesFoto: George Gianni/Divulgação

Com Folhapress

A saída do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), do governo Temer reforça a pressão de outros partidos, em especial o ‘centrão’, que agrega siglas como PP, PR, PTB, PSD e PRB. O pernambucano pediu sua exoneração na tarde desta segunda-feira (13), antes de participar de cerimônia no Palácio do Planalto.

Araújo é o primeiro ministro do PSDB a pedir demissão diante das movimentações da cúpula do partido para desembarcar do governo Temer. Além dele, há outros três do PSDB: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

Os outros partidos da base aliada cobram do presidente a realização de uma reforma ministerial nas próximas semanas para destravar a pauta de votações no Congresso, principalmente a reforma da Previdência.

O Ministério das Cidades é a pasta mais desejada pelos partidos, por ter um orçamento gordo e por executar ações que podem ser entregues em prazo relativamente curto. Além disso, o ministério tem obras espalhadas por milhares de municípios – bases eleitorais dos deputados que querem controlar suas atividades.

A saída de Araújo abre caminho para que Temer faça a redistribuição das pastas do PSDB para outros partidos.

Nesta segunda, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que Temer lhe informou que a reforma ministerial será feita ainda este ano.

Araújo comunicou Temer de sua saída minutos antes de participar de um evento de sua pasta ao lado de Temer. Em discurso, ele escorregou e tentou corrigir o uso de um verbo no passado para se referir às ações do ministério.

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