Manifestação tomou conta das ruas do Recife

Milhares de pessoas se concentravam desde o início da tarde desta quinta-feira (20) na Praça do Derby, ponto de concentração dos protestos. Vindo de lugares díspares os manifestantes traziam um anseio em comum: o fim da corrupção. Grupos heterogêneos participavam e com causas díspares marcharam pela avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores de circulação do Recife. O público buscava o ponto de partida para o movimento “À Luta Recife”, que tem como alvo as mais variadas reivindicações, entre elas a melhoria do transporte público, maiores investimentos no âmbito da educação, saúde e, sobretudo, contra a corrupção. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), 52 mil pessoas participaram.

Crianças, adolescentes, adultos e idosos. Estudantes e aposentados. A todo o momento, a multidão convocava mais pessoas a seguirem o trajeto até o Marco Zero, no bairro do Recife, cantavam o hino nacional ou tocavam maracatu. Além de exporem os motivos da insatisfação.

Confusão

Um pequeno número de pessoas acabou se infiltrando entre os participantes para a prática da baderna e vandalismo, maculando os ideais reivindicatórios e a grande legitimidade da passeata. Em um trecho da avenida Conde da Boa Vista, alguns jovens tentaram depredar lojas e estabelecimentos comerciais, que já se encontravam fechados. Na rua do Sol, nas proximidades da agência central dos Correios, um grupo realizou um arrastão, subtraindo pertences dos populares e gerando tensão no meio da multidão.

No decorrer da caminhada, na avenida Guararapes, policiais militares tiveram dificuldade para conseguir controlar brigas, iniciadas por homens que utilizavam camisas de torcidas organizadas. Eles soltavam fogos de artifício e geravam o temor em crianças e idosos que, movidos pelo desejo de mudança, também resolveram se unir a manifestação. A fachada de um edifício foi pichada com inscrições da Torcida Jovem do Sport.

Números

A primeira estimativa da Polícia Militar (PM) indicava cerca de 50 mil pessoas na caminhada. Este número foi duplicado, passando a 100 mil e, pouco tempo depois, a Secretaria de Defesa Social (SDS) voltou atrás e informou a participação de 52 mil manifestantes.

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