Prefeitura de Sertânia ainda não se posicionou sobre o caso FaexPE

A Aula Inaugural ocorreu em junho de 2013 com a presença do prefeito Guga Lins, membros da secretaria municipal de educação e representantes da FUNESO . Foto Blog do Magno Dantas

Em 2013, a Prefeitura de Sertânia divulgava que estaria realizando um antigo sonho da população sertaniense que almejava a chegada de cursos superiores e técnicos ao município. Na época, a informação era de que o prefeito Guga Lins manteve contatos e conseguiu trazer para Sertânia a FUNESO- Fundação de Ensino Superior de Olinda, e que um sonho e uma promessa de campanha viraram realidade em apenas 5 meses de governo.

Hoje, o sonho tornou-se um grande pesadelo, a FUNESO é apresentada como parceira da Faculdade Extensiva de Pernambuco – FaexPE e são citadas em denúncia do Ministério Público Federal que acusa a FaexPE  de ofertar cursos de extensão, graduação e pós-graduação, incluindo mestrado e doutorado, sem credenciamento, autorização e reconhecimento do Ministério da Educação.

Diante de tantas incertezas, a Prefeitura de Sertânia não emitiu uma linha se quer a respeito do escândalo, deixando os estudantes apreensivos e desamparados já que foi a própria Prefeitura do município a responsável pela divulgação, incentivo e inscrição no processo seletivo para ingresso nos cursos ofertados pelas entidades denunciadas.

OS REPRESENTANTES DA FAEXPE "O CASO É SÉRIO E GRAVE", DISSE UM DELES NA EXPLANAÇÃO AOS ALUNOS
Reunião em Sertânia não esclareceu nada

Até o momento o que ocorreu foi uma reunião na noite deste sábado (1º), na Escola de Referência Olavo Bilac, onde pouco foi esclarecido sobre as denúncias feitas pelo Ministério Público Federal. Bastante tumultuado, o encontro contou com a presença do advogado e de alguns representantes da Faculdade e também dos alunos que, segundo o MPF, estão sendo lesados. A FaexPE chegou a dizer que tinha solução para o caso, mas que aguardem novas informações no próximo dia 10. No entanto, não haverá aula até lá.

O advogado da entidade reconheceu que o problema dos alunos é sério e grave, mas disse que existe solução, terminou a reunião e ele não apontou qual seria essa solução, o que frustrou todo alunado.

RELEMBRE O CASO: Em 14 de julho, o Ministério Público Federal em Serra Talhada obteve decisão liminar, na 38ª Vara da Justiça Federal, determinando suspensão de atividades em 25 cidades do estado, interrupção de matrículas, indisponibilidade de bens dos proprietários no valor de R$ 400 mil, proibição de convênios com instituições credenciadas pelo MEC, e paralisação de anúncios publicitários. A decisão foi expedida pelo juiz Bernardo Monteiro Ferraz, que fixou multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

Com sede em  Caruaru, a FaexPE  atua em Sertânia e mais 42 municípios do interior de Pernambuco, além de outros 11 estados do Norte-Nordeste, segundo o Ministério Público, que afirma ainda que a instituição tem 15 mil alunos, a entidade acusada diz ter oito mil matriculados.

Com informações: Tribuna do Moxotó / PE Notícias

Este post tem 3 comentários

  1. Max Fernandes

    Quanto a prefeitura de Serânia, a mesma foi tão enganada quanto os eleitores e alunos, é mais uma vítima…

  2. Max Fernandes

    O comentário do sr Stenio é um tanto racional, contudo em relação a faexpe não se trata de educação e sim estelionato, a faexpe não terceirizava serviços educacionais, a mesma contratava os professores para fazer “bicos” sem direitos trabalhistas e com pouca formação, muitas vezes em áreas distintas, como por exemplo, professores de português ministrarem aulas de matemática, isso é educação, ou é estelionato? sem contar que os cursos não eram reconhecidos pelo MEC, os professores além de cobrir buracos, tinham em sua maioria apenas a graduação, nem sequer uma pós, o que dizer do mestrado. Educar é uma coisa nobre amigo, enganar é outra, sou a favor da justiça…

  3. Stenio Gameleira

    A profissão de EDUCADOR é uma das mais desvalorizadas pelo poder… por conta da sua capacidade de transformação das pessoas e do mundo! Muitos educadores foram perseguidos no Brasil… os Jesuítas quando ousaram ensinar os índios a ler e escrever… Paulo Freire quando abriu salas de aula nas comunidades carentes e Anísio Teixeira ao criar a nova escola popular e outros anônimos que foram exilados, torturados e até mesmo mortos… Atualmente a história mudou muito pouco, pois o MP – Ministério Público a serviço da elite que controla a educação, trava uma operação de guerra impedindo a criação de escolas livres em todos os níveis, alegando desrespeito a uma legislação educacional inspirada em ideais conservadoristas e ditatoriais… é preciso lutar por uma educação livre em todos os sentidos sem intervenção do poder e que surjam exageradamente instituições de ensino em todas as esquinas, em todos os guetos, em todas as favelas e em todos os lugares que se possa imaginar… que a educação seja um vírus contagiante… nota zero para o MP e nota zero para o MEC…

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