Paulo Câmara garante o 13º salário

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Do JC

O governador Paulo Câmara (PSB) garantiu que pagará o 13º salário dos servidores públicos estaduais em dezembro, portanto, sem atrasos no cronograma da folha salarial. Segundo o governador, o montante para o 13º está garantido e vem sendo aplicado pelo governo em CDB, que tem rentabilidade maior que a inflação, acumulada em 2,45% em 12 meses até agosto. A previsão é que este pagamento chegue a R$ 832 milhões.

“Está devidamente guardado, ainda falta um pouquinho para a gente terminar. Mas infelizmente a gente tem que também ter os recursos de aplicação financeira e isso é importante porque recursos volumosos como o 13º, que rendem aplicações financeiras, ajudam na manutenção dos serviços públicos. O 13º esse ano vai ser pago em dezembro”, garantiu Paulo Câmara, ontem, em entrevista à Rádio Jornal.

O balanço do 2º quadrimestre mostrou que o governo chegou a 47,09% do comprometimento da receita corrente líquida com a folha de pagamento, ultrapassando o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 46,55%.

Eduardo Catão, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife, comemorou a notícia, afirmando, inclusive, que a afirmação do governador favorece o aquecimento do comércio antes mesmo do pagamento do 13º. “Tendo ciência de que vai receber em dia, o consumidor pode até mesmo antecipar suas compras, pagando no cartão de crédito”, comentou. Brena Castelo Branco, diretora do Instituto Fecomércio, recomenda aos servidores que deem preferência ao pagamento de dívidas. “A notícia do pagamento é boa, mas a hora é de pagar o que se deve antes de contrair novos débitos.”

REFORMA

Durante a entrevista, Paulo Câmara se mostrou preocupado com a destinação de recursos de emendas de bancadas para o fundo público de financiamento de campanha. O texto aprovado anteontem pelo Senado, que seguirá para a sanção presidencial, destinará ao menos R$ 1,7 bilhão para o financiamento das campanhas políticas, parte disso bancado com 30% das emendas de bancada na Câmara. Para Paulo, a redução desse montante poderá prejudicar obras públicas, como a Adutora do Agreste que tem previsão de entrega, segundo ele, para dezembro. “Há um prejuízo muito grande e uma preocupação porque temos obras estratégicas que estavam contando com esse dinheiro.”

Para se ter uma ideia do desfalque, em 2017, foram destinados para a bancada pernambucana R$ 384 milhões. Retirando os 30% do fundo de campanha, esse valor poderia ser reduzido para R$ 115,2 milhões. O Orçamento de 2018 ainda não foi votad0. Obras como o presídio de Itaquitinga também dependem dessas verbas de bancada.

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