Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde não consegue formar novas turmas

Pela primeira vez, em mais de 40 anos de existência, a Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde – AESA não formará turmas no vestibular. A baixa procura nos cursos ofertados pela AESA/CESA já é um dilema nos últimos anos. Mas até o momento a Autarquia ofertou turmas ininterruptamente, mesmo com pouca demanda. Agora neste último vestibular a situação se agravou significativamente. Dos oito cursos ofertados pela AESA/CESA no vestibular realizado domingo, dia 28 de julho, dois não formarão turmas, o que representa 25% do total de cursos. Apenas 14 pessoas se inscreveram para o curso de Letras e 6 para o curso de Geografia. Com exceção de Matemática, todos os demais não preencherão as vagas disponíveis.

A crise na AESA já se arrasta nos últimos anos devido a falta de investimentos. O último resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade, por exemplo, colocou a instituição entre as piores Instituições de Ensino Superior do país. O salários dos funcionários tem atrasado constantemente. Nem mesmo os recurso oriundos de projetos federais e do governo do estado parecem diminuir a agonia da Autarquia que é um patrimônio do povo de Arcoverde e da região.

A situação atual é mais grave pois a crise não é só pedagógica e financeira. É também uma crise política e institucional. Mesmo sendo pública, pertencente à prefeitura municipal de Arcoverde, não se tem qualquer menção ou pronunciamento oficial quanto a relevância estratégica da AESA e seu papel na gestão.

O Programa Universidade para Todos em Pernambuco (PROUPE) que tem por objetivo conceder bolsas de estudo integrais e parciais para alunos do Ensino Superior, em Autarquias Municipais sem fins lucrativos através da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia oferta cerca 900 bolsas na AESA/CESA.

 Informações:  Dárcio Rabelo

Este post tem 6 comentários

  1. FRANCISCO MARQUES

    Boa tarde, essa é a realidade de todas as autarquias creio eu, pois sou estudante de História pela Autarquia Educacional de Belo Jardim AEB/FABEJA, e percebi essa mesma deficiência, pois a anos que o curso de Geografia não forma turma e esse ano quase que História não formava, alem das Bolsas do Proupe atrasadas que implica nos salários dos Professores, alem da desvalorização do Profissional da Educação, nós que estamos lá sabemos que cada ano e a cada Governo a Educação nunca foi prioridade. Com qual animo vamos cursar uma graduação?

  2. Thiago Santos

    PEDRO PAULO veja nenhum enfermeiro usa prerrogativa exclusiva de médico. Até pq a enfermagem tem sua função regulamentada por lei 7.498/86 (dê uma olhadinha). Por tanto, se enfermeiro faz consulta, prescreve medicamento, e diagnostica, é pq é uma atividade legal, e somos preparados para isso também na graduação. Agora, que para fazer tudo isso tem que dar condições de estrutura, pq para formar um profissional desse porte não pode ser da maneira que se encontra AESA. Faculdade assim é lamentável. Estudo enfermagem em Serra Talhada na FIS e sei que foi a melhor escolha ter optado em ir para lá. Com boa estrutura física, laboratórios bem equipados e ótimos professores, só não sai enfermeiro com excelência quem não quer.

  3. Robson

    Realmente é uma pena a situação da AESA/CESA.O impacto disso tudo veremos futuramente na não formação de professores, a região perde e muito com este fato lamentável. Precisamos repensar urgentemente esta questão.

  4. Pedro Paulo

    Pense numa faculdade (facilidade)de credibilidade essa, imagina os enfermeiros formados nessa facilidade e ainda querendo usar as prerrogativas exclusiva de médicos

  5. Aiana Claudia

    Fiquei triste ao ler esta notícia, a região é quem esta perdendo em termos acadêmicos. Mas esta acontecendo o que sempre pensei que aconteceria, a procura quanto a formação superior para lecionar e futuramente, como consequência falta de professores, são poucas as pessoas que pensam em ingressar nesta carreira. As razões são muitas.É uma pena.

  6. Marcelo Patriota

    Isso deve ser porque o ensino lá é de primeiro mundo.

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