44% atribuem a Bolsonaro responsabilidade pela atual crise da covid-19

Para 44% da população brasileira, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foi o principal responsável pela atual situação da crise do coronavírus no Brasil. Outros 23% citam as pessoas que não respeitam as normas de biossegurança contra a covid-19, enquanto 16% responsabilizam o governador do seu Estado.

Os números são de pesquisa PoderData realizada de 29 a 31 de março de 2021 com 3.500 pessoas em 541 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

Ainda há 8% que dizem que os responsáveis pela atual crise da covid-19 foram os prefeitos. O Ministério da Saúde aparece na sequência, citado por 4%. Aqueles que responsabilizam “outros” somam 5%.

No período em que foi realizada a pesquisa, o Brasil bateu sucessivos recordes de casos e de mortes por covid. A média móvel de vítimas em 7 dias atingiu 2.710 na 5ª feira (29.mar) –maior número desde o início da pandemia. O mês de março também foi o pior da pandemia no Brasil. O Ministério da Saúde notificou 65.795 mortes desde 1º de março de 2021. É mais que o dobro das mortes confirmadas em julho de 2020, o 2º mês com mais registros.

Outro fator que pode ter impactado o resultado é o ritmo de vacinação. Pouco mais de 2,4% da população brasileira recebeu a 2ª dose da vacina contra o novo coronavírus.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 15 a 17 de março, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.500 entrevistas em 545 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 3.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.