Diogo Moraes vota favorável a Tarifa Única

Membro do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), o deputado estadual Diogo Moraes (PSB), que representa a Assembleia Legislativa de Pernambuco no colegiado, participou, na manhã desta quinta-feira (22), do encontro que definiu a instituição da Tarifa Única no transporte público da Região Metropolitana do Recife. Favorável à iniciativa, o parlamentar fez questão de pontuar a necessidade do governo estadual garantir os subsídios necessários para implantação da medida.

Durante sua fala na reunião, Diogo Moraes se mostrou preocupado com a falta de informações sobre os repasse dos recursos necessários para subsidiar a Tarifa Única. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 só prevê o repasse de R$175.200.000,00 para o Grande Recife Consórcio de Transportes, o que gerou dúvidas no parlamentar sobre o subsídio.

“O grande risco que temos é de o Governo não repassar essa diferença, que representa em torno de R$ 60 milhões anualmente apenas para a tarifa B, sem falar do não aumento da A. De onde sairão os recursos para pagamento desta diferença? O risco que temos é de uma diminuição na oferta do serviço por parte das empresas, caso esse subsídio não seja repassado”, pontuou o parlamentar, após o encontro. Diogo Moraes teme que as empresas possam reduzir a oferta de ônibus, caso não haja a compensação financeira, prejudicando ainda mais o sistema de transporte para a população.

Durante a reunião, Diogo Moraes também mostrou preocupação com o intervalo de duas horas para utilização do bilhete, sobretudo para população que utiliza, atualmente, o anel B, que percorre maiores distâncias de deslocamento. O parlamentar defende que essa duração precisa ser de, ao menos, quatro horas. Esse ponto também foi um dos mais discutidos pelos conselheiros do CSTM. No entanto, a proposta ainda será analisada pelo governo estadual.

O deputado destacou que, quem usa a tarifa B atualmente, e paga R$ 5,60, poderá pagar até R$ 8,20, caso não consiga utilizar o bilhete dentro do prazo de duas horas, como propôs o governo. Ou seja, ao invés de ser beneficiada, essa parte da população terá um custo ainda maior no seu deslocamento.