Justiça bloqueia R$ 13 milhões da terceirizada Liber

Liber prestava serviço para grandes nomes da saúde pública: Restauração, Agamenon Magalhães, Getúlio Vargas, Barão de Lucena, Ulysses Pernambucano, Regional do Agreste, além de vários postos médicos espalhados pelo interior / Foto: Rodrigo Lobo/acervo JC Imagem

A Justiça do Trabalho da 6ª Região (Pernambuco) determinou, em favor de cerca 1,8 mil trabalhadores, o bloqueio e penhora de pouco mais de R$ 13 milhões que a empresa de terceirização Liber tem a receber da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Significa que, quando (e se) o crédito for liberado, o dinheiro irá diretamente para os empregados. Recentemente a companhia abandonou o contrato com o Estado alegando atraso de repasses.

A terceirizada prestava serviços para grandes nomes da saúde pública: Restauração, Agamenon Magalhães, Getúlio Vargas, Barão de Lucena, Ulysses Pernambucano, Regional do Agreste, além de vários postos médicos espalhados pelo interior. A terceirizada pode recorrer da decisão. Procurada pela reportagem, a Liber não quis falar.

Sem capacidade financeira, a companhia deve aproximadamente R$ 11 milhões aos funcionários, segundo o sindicato da categoria (Stealmoaic-PE). O valor é referente à soma dos salários de agosto (ainda não pagos) mais verbas rescisórias (13º, férias e multa do FGTS). Pelos cálculos do Stealmoaic-PE, o número de demissões no Estado já chega a 3,2 mil terceirizados, a maioria de contratos na saúde e na educação.

O valor do FGTS dos funcionários da Liber, informou o sindicato, está sendo liberado normalmente. Segundo o presidente da entidade, Rinaldo Lima, cada trabalhador está sacando, em média, nove salários. “A maioria dos empregados tem mais de seis anos de casa. É um contrato antigo”, ressalta. Gestantes e funcionários em período de estabilidade por conta de afastamentos pelo INSS tiveram casos negociados separadamente e a empresa arcou com os direitos. Os valores foram pagos integralmente a essas cerca de 110 pessoas.

Informações: JCOnline

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