Lula manda carta para Paulo criticando Temer e ministros de PE

Em visita a Pernambuco, neste sábado (1º), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), candidato a vice, entregou uma carta que disse ter sido do ex-presidente Lula (PT) para o governador Paulo Câmara (PSB), que tenta reeleição em aliança com o seu partido.

No texto, critica Michel Temer (MDB) e lembra o impeachment de Dilma Rousseff (PT), que recebeu voto da maioria da bancada socialista. “Paulo Câmara no governo do Estado e Lula e Haddad no governo federal é o caminho para derrotar os traidores da democracia, do povo, os traidores de Pernambuco que celebraram o impeachment e o golpe”, afirma.

O PSB tenta empurrar no grupo adversário, do senador Armando Monteiro Neto (PTB), a pecha de “palanque de Temer”, por causa da baixa popularidade do presidente.

“Em Brasília, o governo Temer, o governo do golpe, se encheu de ministros Pernambucanos ao mesmo tempo em que asfixiava o povo, com menos recursos, destruindo projetos do governo federais, causando desemprego na indústria naval, reduzindo os recursos para programas sociais como o Farmácia Popular e Minha Casa Minha Vida”, diz a carta de Lula.

Armando havia declarado voto em Lula, seu aliado nas últimas eleições, mas, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro da candidatura do petista, não vai votar em Haddad, provável substituto dele. O petebista foi ministro de Dilma e deixou o cargo por causa do afastamento dela, ao qual se opôs.

Os candidatos ao Senado na chapa dele, os deputados federais Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), foram ministros das Cidades e da Educação, respectivamente, do governo Temer.

No texto para Paulo Câmara, Lula se diz vítima de perseguição. “O momento que vivemos não é fácil. Uma perseguição judicial tocada por alguns que se acham no direito de proibir o povo de se manifestar me mantém preso em Curitiba”, afirma.

Lula ainda cita o ex-governador Eduardo Campos (PSB), seu amigo. O socialista rompeu com o PT em 2013, para viabilizar a candidatura à presidência no ano seguinte, quando morreu em acidente aéreo. “Eduardo se foi de forma trágica, mas tudo aquilo que sonhamos juntos para Pernambuco permanece mais vivo do que nunca, porque os sonhos jamais morrem”, afirma Lula.

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