O dia em que Jarbas encerrou entrevista devido a uma pergunta da equipe da Sertânia FM

Tem muitas coisas vivenciadas por radialistas que ficam na memória e merecem destaque. Uma delas se refere a uma coletiva de impressa com o então governador de pernambuco Jarbas Vasconcelos, no ano 2000.

A equipe da Rádio Sertânia FM foi escalada por Gonzaga Patriota para cobrir a visita de Jarbas a Serrita, onde seria realizada a Missa do Vaqueiro. Os profissionais já vinham de outro compromisso com Anthony Garotinho e Eduardo Campos, em Petrolina. Júlio César, hoje professor da rede estadual de educação, era repórter da emissora, na época, e ficou incumbido de obter a sonora do governador, com o apoio de Tácio Henrique. Ao chegar a Serrita, Jarbas foi logo cercado pelos jornalistas e a primeira pergunta foi feita pelo correspondente do Diário de Pernambuco que abordou o investimento do governo pernambucano para cultura do estado. Jarbas respondeu tudo pacientemente, explicando que o seu governo estava presente em todas as regiões do estado. Mas na segunda pergunta, Júlio César disse a ele que o prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira, havia colocado placa em frente ao parque de exposição da cidade para informar que a Expocose não tinha apoio do governo do estado. Foi uma agonia. Jarbas respondeu com justificativas e foi logo se retirando do local. Os seguranças afastaram os repórteres com a frase “A entrevista está suspensa, senhores.”. Em represália, o palácio cancelou o contrato da divulgação da mídia institucional do governo de Pernambuco com a rádio de Gonzaga.

Como Jarbas se aposentou, essa crônica foi contada para reverenciá-lo como gestor e político que muito fez por Pernambuco. Seu jeito sisudo e temperamento forte não lhe tirava a atenção para os momentos de repasse de informação com os meios de comunicação pernambucanos.

Júlio sempre foi experto e conseguia muitas informações com sua maneira de apurar notícias.

Jarbas se aposenta, mas nos lembraremos sempre do político que foi. Boa sorte nessa nova etapa de vida.

É isso aí…

Por Elilson Gois