Padre Airton Freire e funcionários viram réus após Justiça aceitar denúncias de crimes sexuais

O padre Airton Freire de Lima, de 67 anos, e três funcionários dele tornaram-se réus após a Justiça aceitar as duas denúncias do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) relacionadas a crimes sexuais. O próximo passo é a intimação dos advogados para que apresentem as defesas prévias nos processos. 

A informação de que a Vara Única da Comarca de Buíque recebeu as denúncias foi confirmada pela assessoria do MPPE à coluna Segurança nesta segunda-feira (7). Os responsáveis pelas defesas dos réus foram procurados, mas informaram que ainda não foram notificados pela Justiça sobre as decisões. 

A assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) declarou, em nota, que os processos de apuração dos crimes contra a dignidade sexual devem correr integralmente em segredo de justiça, preservando-se a intimidade da própria vítima. “Não podemos divulgar informações sobre seus respectivos trâmites, decisões, julgamentos ou recursos, ficando o acesso aos dados limitado apenas às partes envolvidas e aos seus advogados/representantes legais.” 

Padre Airton Freire, criador da Fundação Terra, foi preso preventivamente no dia 14 de julho em Arcoverde, no Sertão, durante operação que também cumpriu mandados de busca e apreensão. Ele estava numa cela isolada do Presídio Advogado Brito Alves.

No dia 22 do mesmo mês, após passar mal, o religioso foi encaminhado para o Hospital Memorial Arcoverde e, no dia seguinte, para o Hospital Português, no Recife. O estado de saúde não é informado, mas a defesa alega que ele teve um princípio de acidente vascular cerebral (AVC) e que está em tratamento na UTI.

A polícia não divulgou à imprensa qual tipo de crime sexual, previsto no Código Penal Brasileiro, foi atribuído aos indiciados na conclusão das duas primeiras investigações – sob o argumento do segredo de justiça.

Informações: JC Online