Pernambuco: apenas Jarbas Vasconcelos assinou representação pedindo a cassação de Eduardo Cunha

A bancada do Psol na Câmara dos Deputados, que tinha conseguido a adesão de 45 parlamentares na representação protocolada na tarde da última terça-feira no Conselho de Ética da Casa, informou no início da noite que já tem 50 assinaturas. O documento pede a cassação do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar.

Recentemente, o Ministério Público da Suíça enviou à Justiça brasileira provas de que o peemedebista tem contas secretas naquele país. Cunha já havia sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no âmbito das investigações da operação Lava-Jato.

O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), encaminhou nesta quarta-feira o pedido à Mesa Diretora, que terá três sessões deliberativas para protocolar, numerar o processo e devolvê-lo ao colegiado.

Em seguida, serão sorteados três nomes entre os integrantes do colegiado, excluindo aqueles que sejam do mesmo estado ou partido do Cunha (Rio de Janeiro e PMDB, respectivamente), para que o presidente do conselho escolha o relator. A lista tríplice também não pode ser composta por deputados filiados ao PSOL e à Rede, autores da representação.

Ao relator competirá elaborar um parecer preliminar, em até dez dias, sobre se o processo deve ser aberto ou não.

 

Falta de provas

O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), justificou o fato de o partido não assinar a representação por não haver provas suficientes que condenem Eduardo Cunha. “A oposição não tem elementos para deliberar sobre isso, porque não tem sequer os documentos. Há um anúncio de movimentações bancárias que para nós já foi o suficiente para pedir o afastamento dele, mas não para gerar a condenação no Conselho de Ética. Eu não iria prejulgar”, explicou Sampaio.

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