Polícia Civil paralisa por 24h nesta quarta

Na última quinta, o Sinpol fez passeata em protesto por melhores condições de trabalho / Foto: Sinpol/DivulgaçãoIndignados com a “situação das condições de trabalho da categoria”, os policiais civis de Pernambuco paralisam as atividades por 24h a partir de 0h desta quarta-feira (8). O sindicato pede igualdade da gratificação de risco de vida, revisão do plano de cargos e carreira, QTP para papiloscopistas e a convocação dos remanescentes do último concurso. Com a paralisação, serviços como o Instituto de Medicina Legal (IML) e delegacias não funcionam. Apenas serão atendidas ocorrência de flagrante e local de homicídios.

“Os policiais civis querem trabalhar, mas o governo não dá as mínimas condições”, crava o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneiros. Segundo ele, as delegacias não estão recebendo o básico do Estado, como água para beber, material de limpeza e até papel para terminar os inquéritos. “Os policiais estão fazendo cotinha para conseguir comprar [os materiais]”, afirma.

Na última quinta-feira (2), o sindicato fez uma passeata em que “enterrou” simbolicamente o Pacto Pela Vida, programa do governo estadual para reduzir os homicídios. Até junho deste ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que 1.874 pessoas foram mortas em Pernambuco, enquanto o sindicato diz que são 1.921 homicídios registrados. “Eles [o Estado] estão fazendo uma manipulação nos dados de ‘mortes a esclarecer'”, denuncia.
Às 9h30 desta quarta (8), o Sinpol pretende realizar ato público em frente ao IML, em Santo Amaro, no Centro do Recife. Com carro de som, a categoria distribuirá panfletos e não deve fazer passeata. O objetivo é pressionar o governo a se pronunciar sobre a situação.

Por meio de nota, a Secretaria de Administração (SAD) informou que desde o início do ano mantém o diálogo de negociação com todas as categorias, “mesmo diante de um cenário adverso”. Explica ainda que o governo encontra-se impedido legalmente de conceder qualquer reajuste salarial, por ter ultrapassado o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“O Governo de Pernambuco reafirma que está de portas abertas para continuar negociando com as classes. Mesmo sensibilizado por algumas pautas abordadas em reuniões específicas será prudente nas discussões no que tange aos impactos no orçamento público. Só tomará decisões que possam ser cumpridas”, diz a nota.

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