Prefeitura de São Paulo cancela Réveillon na Avenida Paulista

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (17) que não haverá festa de Réveillon na Avenida Paulista na passagem de 2020 para 2021. 

“Començando sobre os grandes eventos na cidade de São Paulo: são quatro no segundo semestre, dois sob responsabilidade de prefeitura – a virada cultural e o revelilon na Paulista. Já haviamos anunciado que a Virada Cultural seria realizada de forma online. Hoje, a gente anuncia que também não teremos o Réveillon na Paulista na virada de de ano de 2020 para 2021”, disse Covas, em entrevista no Palácio do Bandeirantes ao lado do governador João Doria (PSDB).

O prefeito afirmou que tanto a prefeitura quanto o governo estadual consideram ser “temerária” a organização de um evento como a festa de Réveillon na Avenida Paulista, que atrai mais de 1 milhão de pessoas.

“Como é um evento que requer uma organização de pelo menos 3 meses, envolve patrocínio, agenda de artistas, pacotes promocionais de hoteis e turismo, queremos aqui com a maior previsibildiade possível deixar anunciado que a prefeitura também não vai organizar o Réveillon da Paulista”, completou Covas.

O prefeito disse que foi avaliado o impacto que o cancelamento terá na economia da cidade, mas que a questão de saúde foi determinante.

“Claro que você tem um impacto econômico, famílias que aproveitavam a festa que era oferecida, mas a questão da saúde foi preponderante. Não tem como a gente solicitar que as pessoas evitem aglomeração e a prefeitura colocar recurso num evento que junta 1 milhão de pessoas.”

O tucano disse que a administração municipal continua em contato com os organizadores dos dois outros grandes eventos do semestre na cidade – a Parada LGBT e a Marcha para Jesus – e que anunciará uma posição sobre eles assim que tiver algo dialogado com os grupos.

Carnaval de 2021

Sobre um possível adiamento do Carnaval do próximo ano, Covas voltou a dizer que ainda não há uma decisão, mas que a gestão municipal dialoga com as escolas de samba e com outras cidades para tentar tomar uma decisão conjunta.

“Levamos tudo em consideração porque é outro evento que a prefeitura aporta recursos e não tem muito sentido a gente começar a aportar recursos pras escolas se prepararem e, de repente, a gente decidir que não vai ter o Carnaval em fevereiro”, disse o prefeito.

“Na nossa cidade, temos também o Carnaval de rua, mas que requer uma organização num prazo menor do que o Carnaval no Sambódromo, algo em torno de dois ou três meses a gente consegue organizar o Carnaval de rua.”

Novos protocolos

O prefeito de São Paulo também anunciou a assinatura nesta sexta de quatro protocolos para retomada de atividades na cidade a partir da próxima segunda-feira (20).

Eles dizem respeito aos cursos não formais de educação, que foram classificados como serviço, ao das aulas práticas em laboratório em cursos de ensino superior, ao dos vendedores ambulantes e ao Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo, onde treinam atletas que representam o país em competições internacionais.

Deixe um comentário