Sertânia completa 148 anos de Emancipação Política

Neste dia 24 de maio, Sertânia completa 148 anos de Emancipação Política. Conheça pouca da sua história

O atual território do município era habitado, inicialmente, pelos índios cariris (piripães, caraíbas, rodelas, jeritacés, todos da nação Tapuia); todos já eram semi-domesticados quando se iniciou o povoamento do local. A captura e o aprisionamento dos índios para o trabalho na atividade canavieira foi o marco do povoamento e do devassamento do território. Há indícios de que os holandeses já haviam pisado na região durante a Insurreição Pernambucana, buscando ajuda dos índios cariris para a luta contra os portugueses.

Em 1792, Antão Alves, natural do município pernambucano de Vitória de Santo Antão, se muda para o povoado de Moxotó e desenvolve negócios com gado. Estabeleceu-se com a filha do português Raimundo Ferreira de Brito, Dona Catarina, e formou uma fazenda de gado nas terras do sogro português. No início do século XIX, Antão Alves inicia a construção de uma igreja dedicada à Nossa Senhora da Conceição, cedendo à igreja uma data de uma légua de quadrada de terra.

O povoamento das terras do município se deu ao redor da igreja, como de costume na população nordestina, que sempre se estabelecia em locais onde houvesse igreja ou perto de lagos e rios. Neste caso, a existência do rio Moxotó muito favoreceu o crescimento do povoado.

O município de Sertânia foi elevado à categoria de distrito em 1942, como o nome inicial de Alagoa de Baixo. No mesmo dia foi criada a freguesia, cuja sede foi transferida para o povoado de Jeritacó

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Alagoa de Baixo, pelas leis provinciais nº 93, de 04-05-1842 e 639, de 03-06-1865 e por lei municipal nº 52, de 03-08-1892, subordinado ao município de Cimbres.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Alagoa de Baixo, pela lei provincial nº 1093, de 24-05-1873, desmembrado de Cimbres. constituído do distrito sede. Instalado em 29-04-1878.

Elevado à condição de cidade e sede do município com a denominação de Alagoa de Baixo, pela lei estadual nº 991, de 01-07-1909. Pela lei municipal de 15-10-1909, é criado o distrito de Custódia e anexado ao município de Alagoa de Baixo. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Alagoa de Baixo e Custódia. Pela lei estadual nº 1931, de 11-09-1928, desmembra do município de Alagoa de Baixo o distrito de Custódia. Elevado à categoria de município.

Pelas leis municipais nºs 39, de 02-04-1919 e 96, de 18-01-1929, é criado o distrito de Algodões e anexado ao município de Alagoa de Baixo.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Alagoa de Baixo Algodões.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município Aparece constituído de 4 distritos: Alagoa de Baixo, Algodões, Henrique Dias ex-Tigre e Rio da Barra.

Pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31-12-1943, o município de Alagoa de Baixo passou a denominar-se Sertânia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município, já denominado Sertânia, é constituído de 4 distritos: Sertânia, Algodões, Henrique Dias e Rio da Barra.

Pela lei municipal nº 133, de 14-02-1953, é criado o distrito de Albuquerque Né, criado com terras do distrito de Rio da Barra e anexado ao município de Sertânia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 5 distritos: Sertânia, Albuquerque Né, Algodões, Henrique Dias e Rio da Barra.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Alteração toponímica municipal

Alagoa de Baixo para Sertânia alterado, pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31-12-1943.

Distritos e povoados

  • Sede
  • Algodões
  • Henrique Dias
  • Rio da Barra
  • Albuquerque-Né
  • Povoados: Pernambuquinho, Waldemar Siqueira, Moderna, Caroalina, Várzea Velha, Umburanas e Cruzeiro do Nordeste

Características Geográficas

Área 2.421,511 Km²

População 35.367 hab / IBGE 2015

Hino da Cidade

Enamorada de Jabitacá

Sertânia vê o sol no seu terreiro
O cacto que a enfeita ser-lhe-á
Promessa de um porvir alvissareiro
Embora vá-se tudo ao Deus dará
Calamidade em solo brasileiro
Sertânia emerge desse mar de pó
Para a ressurreição do Moxotó

Quanto é bela Sertânia no deserto
Que o sol – punhal adamantino – criva
Desperta para a glória que vem perto
Miraculosamente rediviva

Como o vaqueiro na caatinga hirsuta
Sertânia vive lances de odisséia
Resiste a combustão, não foge à luta
Seus rasgos têm fulgores de epopéia

A terra – potencial em força bruta
Por singular aberração da idéia
Vê raramente o Moxotó passar
E além com o São Francisco se abraçar.

Letra por Waldemar de Sousa Cordeiro
Melodia por Maestro Nelson Ferreira

Simbolos


Bandeira

Brasão