Sertaniense concorre ao Sertaniense concorre ao mais tradicional prêmio literário do Brasil

O Prêmio Jabuti, o maistra dicional prêmio literário do Brasil, divulgou nesta quinta-feira (3) os indicados de sua 61ª edição. Entre os finalistas está o contista sertaniense Marcelino Freire que já ganhou o prêmio Jabuti com a obra  Contos Negreiros, com uma versão em audiolivro.

Na lista dos representantes pernambucanos também estão a jornalista Marileide Alves, o teatrólogo Luís Reis, a poeta Luna Vitrolira e o ilustrador André Neves.

Foram selecionados os finalistas das 19 categorias, divididas entre Literatura, Ensaios, Livro e Inovação. Neste ano, o prêmio recebeu 2,1 mil inscrições. Formado por especialistas de cada categoria, o júri foi indicado pelo Conselho Curador do Prêmio, composto por Pedro Almeida, Mariana Mendes, Camile Mendrot, Cassius Medauar e Marcos Marcionilo

A cerimônia de entrega do Jabuti acontecerá em 28 de novembro, no Auditório Ibirapuera. Os primeiros colocados receberão o troféu Jabuti e R$ 5 mil. Neste dia também será revelado o vencedor do Livro do Ano, que ganha R$ 100 mil.

Conheça os pernambucanos

O escritor Marcelino Freire concorre em Conto com o título Bagageiro (Editora José Olympio), que reúne textos (entre o contos e ensaios) nos quais o autor revisita não a sua bagagem literária, mas o seu “bagageiro” literário. Ao usar esse termo, ele faz referência a diversas influências que marcam sua atuação como produtor e escritor.

Na categoria Biografia, Documentário e Reportagem, uma das mais concorridas, está Povo xambá resiste: 80 anos da repressão aos terreiros em Pernambuco (Cepe), de Marileide Alves. É um livro de 178 páginas, ilustrado com fotos de personagens que construíram a história da Nação Xambá. O livro aborda a criminalização e a repressão policial às religiões de matriz africana, sobretudo durante o Estado Novo (1937 – 1945), um dos períodos mais autoritários do Brasil.

O teatrólogo Luís Reis aparece na categoria Artes, com o livro TPN – teatro popular do Nordeste: o palco e o mundo de Hermilo Borba Filho (Cepe). A obra aborda a história do Teatro Popular do Nordeste (TPN) e do próprio Hermilo, um de seus fundadores e líderes. O livro traz, a cada início de capítulo, cartas dirigidas a atores. No final, fotografias das peças encenadas no palco, além de croquis de figurinos, distribuídos em 232 páginas.

A poeta Luna Vitrolira concorre em Poesia, com o livro Aquenda – O amor às vezes é isso (Editora Livre, 2018), que tem como missão ressignificar o amor como ele é na prática. Natural de São José do Egito, ela tornou-se poetisa declamadora há quase 10 anos. A palavra aquenda é de origem africana e significa “preste atenção”. No entanto, ela ganhou novo significado ao ser incorporada pelo Pajubá (dialeto falado pela comunidade gay), tornando-se popular com a expressão “aquendar a neca” (que é o mesmo que esconder o pênis).

O ilustrador André Neves concorre com dois livros em Ilustração. Donana e Titonho (Editora Paulinas), escrito por Ninfa de Freitas Parreiras, aposta em poesia filosófica e aborda a história de brasileiros de forma realista. Manu e Mila (Brinke Books), por sua vez, é infantil. A história acompanha dois amigos quem “tem uma busca muito em comum: viver na delicadeza do que o outro nos apresenta”, diz a sinopse.

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